terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cultura organizacional nas empresas de turismo – uma análise sob o prisma da globalização

O processo de globalização mundial é algo inevitável. Sua existência no cenário atual gera a necessidade de mudança de comportamento, tanto individual, quanto coletivo. Como símbolo da era global, a atividade turística necessita de empresas que adaptem sua cultura organizacional no sentido de torná-la adequada a este ambiente mais dinâmico e mais complexo.
Palavras-chave
Globalização. Turismo. Cultura organizacional. Gestão. Velocidade.

Na dinâmica do mundo contemporâneo, na chamada era globalizada, torna-se necessário para a sobrevivência e o desenvolvimento das organizações enquadrar em seu modelo de pensamento idéias de flexibilidade, adaptabilidade e reversibilidade. Sem a busca de uma reorientação através destes conceitos, adequando a cultura organizacional ao veloz progresso da humanidade e a nova realidade mundial, almejando a inovação e prevendo o futuro, as empresas estão correndo em sentido contrário ao sucesso.
Em se tratando da multiplicidade de ofertas de lazer e turismo como símbolo da globalização, os elementos culturais nas empresas que trabalham na atividade turística são extremamente relevantes, pois sua observação e análise permite sua compreensão, auxiliando na constante adequação às modificações mundiais. Estar consciente de sua importância facilita a construção de um mecanismo de controle e manipulação capaz modificar seu funcionamento, ajustando-se conforme as necessidades impostas pelo ambiente e pelo novo cliente, mais informado e consciente.
Neste sentindo, o desempenho excelente de uma organização de turismo depende diretamente do nível de conhecimento da cultura existente, da percepção das transformações globais e da capacidade de rápida adequação a este meio altamente mutável.

Globalização

Falar em globalização é falar num processo não somente de âmbito econômico, mas também social, político e cultural gerador de uma aproximação entre as nações e os indivíduos de todo o planeta. Esta aproximação tem a ver com rapidez de transformação e velocidade de informação do mundo contemporâneo, e a conseqüente diminuição do espaço global. Seu avanço traz consigo mudanças drásticas na forma de organização mundial, porém trata-se de um processo irreversível e inevitável que acaba por encurtar distâncias, tornando as relações mais velozes e eficientes.
De acordo com Friedman (1999) este sistema chamado globalização não é apenas uma tendência efêmera e possui sua própria lógica, “trata-se do sistema internacional abrangente que modela as políticas nacionais e as relações internacionais de praticamente todos os países” (p. 29). O autor acrescenta ainda que “não é estático, mas um processo dinâmico e contínuo: globalização envolve a integração inevitável dos mercados, dos países e das tecnologias, com uma intensidade sem precedentes” (p.
A difusão do capitalismo de livre mercado, a abertura das fronteiras, a privatização, a desregulamentação da economia e as tecnologias integradoras são algumas das características marcantes deste processo.
Falar em mudança é falar num trabalho árduo, diante do quase inevitável medo que o ser humano possui do desconhecido. Neste sentido, a aceitação da globalização também passou por este caminho e mesmo diante da análise de seus aspectos positivos e negativos não faz mais sentido a discussão sobre a sua existência no cenário atual. Ela é uma realidade, produto de uma evolução social, e sem possibilidade de reversão. Friedman (1999) afirma que,
a globalização não é uma escolha. É a realidade. Hoje existe apenas um mercado global, e a única maneira de crescer à velocidade desejada pelo seu povo é por meio do aproveitamento dos mercados globais de ações e títulos, da busca de empresas multinacionais que invistam no país, e da venda da produção das suas fábricas no sistema comercial global. E a verdade mais elementar sobre a globalização é a seguinte: Ninguém está no comando (p.132).
Para que haja entendimento sobre este novo sistema é preciso uma análise multifocal e multidimensional. É necessário uma mescla de perspectivas, olhar o mundo sob diversos ângulos e cruzá-los para que se amplie a probabilidade de compreensão dos acontecimentos ao redor do planeta. A velocidade com que a globalização abrange o mundo é, provavelmente, maior do que a capacidade que o ser humano possui de compreendê-la. O grande desafio desta era é atingir uma estabilidade prudente entre a manutenção da identidade e o desenvolvimento necessário para o progresso. É preciso que as identidades não se sintam ameaçadas, caso contrário há chances de se rebelarem contra o sistema. Neste sentido, o equilíbrio destes dois aspectos é fundamental para a sobrevivência da globalização.

Cultura Organizacional

A cultura organizacional pode ser definida como um sistema informal de regras não escritas. Um sistema de valores compartilhados como crenças e suposições que guiam comportamentos e atitudes e que distinguem uma organização das demais. Ela determina a maneira como as pessoas se comportam e agem, de que forma tomam decisões e gerenciam o ambiente. Ela reflete a situação da entidade em um determinado momento e o sentimento daqueles que a compõem. Sua conceituação é fundamental para a compreensão estrutural das organizações. Schein (1992) define a cultura organizacional como
um padrão de pressuposições básicas partilhadas aprendidas por um grupo à medida que foram capazes de solucionar seus problemas de adaptação externa e de integração interna, que têm funcionado bem o bastante para serem consideradas como válidas e, por essa razão, ensinadas aos novos membros como sendo o modo correto de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas (p. 12).
Pode-se ainda acrescentar que a cultura organizacional é entendida como a identidade de uma instituição, pois diz respeito ao modo de interação existente nela própria. Trata-se de valores aceitos e compartilhados coletivamente, advindos de suas experiências e percepções. Quando essas crenças são validadas por um grupo tornam-se pressuposições básicas, justificando o modo delas funcionarem.
Cada instituição é possuidora de uma cultura própria que se transforma a medida que as pessoas pertencentes a ela vão se modificando. Os valores, crenças e pressupostos pertencentes a ela são efeito de um relacionamento intergrupal constituído pelos indivíduos e através deles enquanto sistema social. Ao se analisar a cultura organizacional pretende-se entender os fenômenos que acontecem na organização, explicando comportamentos individuais e coletivos. Seu entendimento é fundamental para o desenvolvimento das organizações.
Tanto os objetivos da empresa, como a própria realização pessoal de cada indivíduo depende diretamente dos significados que as ações tomam dentro da instituição. A compreensão deste cenário pelos funcionários será determinante para o sucesso ou fracasso dos projetos coletivos. Segundo Laraia (1986) “o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural” (p. 68).
A constante inovação e evolução tornam-se requisitos fundamentais para a garantia da permanência e sobrevivência das instituições em um mundo cada vez mais competitivo. A cultura organizacional, neste sentido, dá significado ao que parece fora de ordem, proporciona a identificação dos valores ocultos da instituição. Da mesma forma que cada cultura organizacional é singular, o processo de mudança e adaptação também necessita ser.
Apesar da multiplicidade de fatores envolvidos, estudar a cultura configura-se como uma forma de interpretação da realidade, pois ela é capaz de revelar o cotidiano das relações organizacionais internas e, ainda, indicar as influências sofridas por forças externas. Gomes (2000, p. 111) acrescenta algumas funções da cultura organizacional, “o controle, a integração, a motivação, o envolvimento, empenhamento ou implicação, a identificação, a performance, o sucesso ou a excelência organizacionais”.
Desta forma, a análise da cultura organizacional auxilia a situar a organização no que diz respeito as grandes modificações que acontecem no mundo, dando propósito as coisas que parecem sem sentido; por meio da identificação do que está enraizado no cerne delas próprias.

A Globalização e a atividade turística

Em meio à problemática apresentada, acontecem novos fenômenos como a multiplicação das atividades de lazer e o incremento do turismo. A pós-modernidade, sob o ponto de vista da globalização, nos leva a reflexões sobre este crescimento da atividade turística, onde os traços do novo milênio se fazem notar claramente e onde a qualidade é altamente dependente de fatores externos, como infra-estrutura urbana, qualidade profissional e do meio ambiente.
O turismo é global se analisado por ser uma atividade que rompe fronteiras por lidar com o deslocamento de pessoas. Este deslocamento é amplamente facilitado pela globalização, através do maior número de informações adquiridas pelo cliente / turista, que através da internet situa-se geograficamente, optando por atrações diversas, decidindo quais tipos de cultura pretende visitar, além de pesquisar preços e estilos de serviços a serem utilizados, bem como a efetivação da compra de passagem aérea, reservas em hotéis e demais atividades, serviços e produtos necessários à plena realização das viagens. Oliveira (1999) afirma:
O turismo, global já em sua essência e que, em seu estágio atual, assume o caráter globalizante, iniciado com a gênese do turismo de massa após o final da Segunda Guerra Mundial é impulsionado pelos avanços tecnológicos nos transportes aéreos e nas comunicações (p.286).
Como produto da era global, sofre interferências nocivas se analisado apenas pelo paradigma econômico, não respeitando determinados critérios de preservação, de ética ou de sustentabilidade. A implantação economicista da atividade turística é prejudicial quando visa apenas lucro de quaisquer envolvidos, tanto exploradores – e aqui se incluem empresários e turistas, quanto explorados – a comunidade, prejudicando os aspectos sócio-culturais e ambientais, pilares básicos para a atratividade local.
Envolvendo mais do que divisas e mercados, o turismo nasce do desejo das pessoas e nele se baseia. Atualmente os indivíduos não consomem apenas para a satisfação de necessidades, e sim para atender seus desejos. O turismo é um setor que mostra nitidamente o perfil deste novo consumidor, exigente e informado que busca sempre a qualidade dos serviços. A massificação da atividade juntamente com a informação obtida pelo novo turista – o neoturista, faz com que cada vez mais o turismo precise ser pensado, estudado e realizado de maneira séria, profissional e responsável.
Surge, então, o papel das organizações de turismo no tocante a desenvolver uma cultura organizacional baseada em valores que respeitem as peculiaridades de cada destinação e que desenvolvam ou explorem a atividade de maneira responsável e segura. Neste sentido, faz-se necessário adequar a cultura organizacional a processos de bases teóricas sólidas. Trigo (1998, p.38) afirma que “o sentido e o significado da realidade do lazer e do turismo não podem ficar a mercê dos interesses limitados, particulares e relativos do mercado”, defendendo que a concepção da atividade deve envolver a construção de valores profissionais de diversas áreas como a filosofia, sociologia, antropologia, economia, geografia, história e política.
Assim, as empresas inseridas na atividade turística necessitam mais do que nunca adequar sua cultura aos novos padrões globais e às novas exigências tanto do consumidor final - o turista, quanto da comunidade que interfere e sofre interferências do setor.

4. Globalização, Cultura Organizacional e Turismo.

Para que as organizações de turismo sobrevivam e prosperem no ambiente complexo e ambíguo atual é essencial que o controle interno aconteça na mesma direção que a adaptação ao ambiente externo. A cultura organizacional viável faz uso de sistemas de valores diversificados, harmonizando dilemas e contrastes, através de versatilidade e mutabilidade e da conseqüente escolha apropriada de estratégia. Interage com os indivíduos no sentido de serem agentes transformados e transformadores.
Diante da velocidade de modificação do mundo contemporâneo, as pessoas e instituições necessitam de atualizações constantes, abertura e dinamismo. A globalização alterou drástica e irreversivelmente a forma de organização mundial. De acordo com Friedman (1999),
talvez nem todos os países se sintam parte do sistema da globalização, mas todos os países, de modo direto ou indireto, estão sendo globalizados e modelados pela globalização (p. 96).
Não se trata de discutir os pontos fortes e fracos deste sistema mundial, pois Friedman (1999) afirma ainda que
a globalização é muito difícil de ser revertida, pois é induzida ao mesmo tempo por aspirações humanas extremamente poderosas de padrões de vida mais elevados, e por novas tecnologias extremamente poderosas, que a cada dia nos tornam cada vez mais integrados, queiramos ou não. (p. 413)
Desta forma, as organizações precisam imaginar seu funcionamento, montar suas estratégias e pensar no seu desenvolvimento baseadas nesta nova ordem global. Friedman (1999) acrescenta:
O sistema da globalização não explica todos os acontecimentos mundiais da atualidade. Mas se há uma coisa que está influenciando maior numero de pessoas, sob as mais diferentes formas e ao mesmo tempo, trata-se da globalização (p. 49).
Para que uma empresa esteja capacitada a competir nesse mercado é necessário que ela se adapte ao ambiente externo se adequando, ou ainda, se antecipando a ele, aprimorando e renovando seus processos, envolvendo seus funcionários e questionando incessantemente seu posicionamento frente ao curso universal. No turismo, a necessidade de pensar a atividade sobre diferentes paradigmas torna-se base para o processo de adequação da cultura.
Mesmo quando a organização estiver alcançando o sucesso desejado não se pode pensar na imutabilidade da cultura, pois o processo evolutivo acaba por gerar novas condições que tornarão necessária a adequação de técnicas e procedimentos e a conseqüente modificação da cultura organizacional. A renovação cultural gerada através do intenso e contínuo disparo de informação, torna-se a maior conseqüência deste processo globalizador. A introdução de novas tecnologias acarreta transformações nos relacionamentos e processos da organização, fazendo com que seja preciso modificar, de alguma forma, a cultura organizacional.
Diante do exposto, os elementos culturais são de suma importância para a percepção e sua conseqüente gestão, na medida em que sua compreensão auxilia a adequá-la neste contexto. O estudo da cultura permite a sincronia entre ambiente interno e externo. A observação e a análise da influência do ambiente cultural permite às instituições atentarem-se para os fatos que ocorrem no mundo.
O método de compartilhamento da realidade por parte dos membros do grupo, e o ensaio para se formar uma identidade e gerir as relações entre indivíduos se dá em torno de um objetivo comum, o desempenho excelente da organização em todos os seus aspectos, através da observação e análise dos elementos culturais para uma posterior adequação às necessidades do mercado mundial.

Todos os significados que circulam transformam e alteram a organização, os quais variam conforme biografias e geografias, isto é, em consonância com as influências culturais de cada um dos sujeitos envolvidos. A cultura traduz a inteligibilidade do comportamento tanto interno, como externo a ela.
As empresas são constituídas de seres humanos que por sua natureza estão em constante transformação, transformações estas, diretamente proporcionais às influencias as quais estão submetidos. A diversidade de características de cada organização está ligada ao comportamento organizacional desenvolvido. A maneira como a estrutura de trabalho interage com o ambiente onde se encontra, diferencia as corporações de sucesso das demais.
Desta forma, a globalização precisa ser encarada como realidade, presente em todos acontecimentos da vida contemporânea e mostrando-se mais claramente na atividade turística. Fica claro que para se alcançar uma visão realmente global dos acontecimentos necessita-se articular um parecer não mais fragmentado e sim um parecer interligado, em rede.
Diante da globalização, as empresas necessitam pensar o seu funcionamento atentas às rápidas transformações, encaixando em seus modelos de gestão os conceitos de flexibilidade, adaptabilidade e reversibilidade. Precisam se adequar a essa nova forma de organização mundial, conscientes da relevância do papel da gestão dos elementos culturais para a sobrevivência da organização e para o pleno desenvolvimento do turismo.








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MCF Produções e Entreterimento


A MCF Produções, Marketing Cultural & Entretenimento constitui um “elo” entre produtores culturais, artistas, músicos e as empresas, que pretendam destinar parte de seus recursos para viabilização de projetos culturais investindo, portanto, em Marketing Cultural.

Como consultoria, a MCF viabiliza, divulga e difunde projetos culturais, apoiados ou não, pelas Leis de Incentivos Fiscais. Para tal finalidade, a MCF administra, coordena e formata tais projetos, bem como realiza todo Planejamento Estratégico de Captação, através de Business Plan e Planos de Mídia.

Os projetos são devidamente analisados e elaborados para que os recursos a eles destinados proporcionem um efetivo retorno institucional às empresas patrocinadoras – Marketing Cultural. Também há grande preocupação em satisfazer não só o proponente, bem como os artistas, produtores e todos aqueles envolvidos nos projetos culturais.

Produções e Eventos

A MCF, com o propósito de poder ofertar uma estrutura mais consistente aos seus clientes, inseriu em seu Portifólio de Serviços, produções artísticas e executivas, intermediações artísticas e de eventos, produção de Vídeos, CD, DVD, viabilização de Shows e Espetáculos Musicais e Divulgação Digital via Web (Streming Media, Web TV e Mailing Personalizados).

Dessa forma, nossos clientes poderão se beneficiar integralmente das nossas parcerias profissionais e de um leque amplo de serviços especializados, que se completam entre si, sem os custos adicionais de trabalhar com várias empresas.

Conseguimos reduzir custos e despesas na ordem de 20% à 40% praticados usualmente no mercado.

Porque Investir em Cultura

Atualmente, a Cultura é um dos setores que mais movimenta a economia brasileira e, por isso, tem capacidade de atrair diversos tipos de incentivos e benefícios. Investir em Cultura é difundir o conhecimento, envolver e emocionar pessoas, constituindo, dessa maneira, experiências permanentes e valores de grande importância para o indivíduo.
O Produto da MCF se constitui no Planejamento Exclusivo e Estratégico de Marketing Cultural para cada cliente, objetivando a divulgação, a valorização e a associação da marca do cliente com a Responsabilidade Social / Cultural e, também, com o crescimento sócio-econômico do País.




Marketing Cultural

1) O que é Marketing Cultural ?

É toda ação de marketing que usa a cultura como veículo de comunicação para se difundir o nome, produto ou fixar imagem de uma empresa patrocinadora. Para se fazer marketing cultural não há fórmula fechada, pois há variáveis que, conforme combinadas, podem resultar numa excelente ação de marketing. O que manda é a criatividade para atingir o público alvo de forma a atender os objetivos de comunicação da empresa com os recursos disponíveis. Ao patrocinar um show, por exemplo, a empresa pode não só associar sua marca àquele tipo de música e público como pode também oferecer amostras de produto (promoção); distribuir ingressos para os seus funcionários (endomarketing); eleger um dia exclusivo para convidados especiais (marketing de relacionamento); enviar mala-direta aos consumidores/clientes informando que o show está acontecendo e é patrocinado pela empresa (marketing direto); mostrar o artista consumindo o produto durante o show (merchandising); levantar informações gerais sobre o consumidor por meio de pesquisas feitas no local (database marketing); fazer uma publicação sobre o evento (marketing editorial); realizar uma campanha específica destacando a importância do patrocínio (publicidade) e muitas outras ações paralelas que tem o poder de ampliar o raio de alcance da ação de marketing cultural.

2) Por que as empresas fazem Marketing Cultural ?

Ele vem ganhando força no meio empresarial porque apresenta soluções relativamente baratas a três novas exigências do mercado: 1) necessidade de diferenciação das marcas; 2) diversificação do mix de comunicação das empresas para melhor atingir seu público; e 3) necessidade das empresas se posicionarem como socialmente responsáveis. Ao patrocinar um projeto cultural a empresa se diferencia das demais a partir do momento em que toma para si determinados valores relativos àquele projeto (por exemplo, tradição, modernidade, competência, criatividade, popularidade etc.). Também amplia a forma como se comunica com seu público alvo e mostra para a sociedade que não está encastelada em torno da sua lucratividade e de seus negócios.

3) Como uma empresa pode fazer Marketing Cultural ?

A partir do momento em que uma empresa empreende uma ação de marketing usando como ferramenta a cultura, ela está fazendo marketing cultural. Nem sempre o patrocínio vem em forma de dinheiro vivo - pode ser uma permuta por passagens áreas (companhias aéreas), estadia (hotéis e pousadas), refeições (restaurantes). Importante é que a ação de marketing deve se encaixar perfeitamente ao perfil da empresa, ao público alvo e ao objetivo buscado. Sem equalizar esses três quesitos (público alvo, identidade, objetivos) fica difícil garantir a eficácia da ação. Também é importante frisar que marketing cultural pode (e deve) vir associado a outras ações de marketing.

4) O que uma empresa ganha fazendo Marketing Cultural ?

Inicialmente as empresas começaram a investir em marketing cultural porque, devido às leis de incentivo, financeiramente era um bom negócio. Depois, elas compreenderam que essas ações de marketing solidificavam a imagem institucional da empresa e davam visibilidade para a marca. Desse modo, o investimento em cultura pode ser visto como uma oportunidade para as empresas participarem do processo de incremento e manutenção dos valores culturais da sociedade e, principalmente, a possibilidade de construir uma imagem forte e bem posicionada para o consumidor, garantindo a curto, médio e longo prazo sua perpetuação. Nesse aspecto, o marketing cultural trabalha a imagem da empresa, por meio da marca, de forma consciente e inconsciente. Por que comprar este ou aquele sabonete? A resposta para essa pergunta vem da competitividade do produto, mas também é fruto do trabalho de marketing dessa empresa.


5) Por que só as grandes empresas investem em Marketing Cultural ?

Não são apenas as grandes que investem, mas é a maioria por várias razões e a principal é o desconhecimento das leis de incentivo e dos benefícios que esse tipo de ação de marketing pode trazer. O volume de dinheiro que empresas pequenas e médias movimentam pode levar o empresário a pensar que ele não poderia arcar com os custos de um projeto cultural. No entanto, existem projetos para todos os bolsos.

6) Quais as vantagens de uma pequena empresa investir em cultura ?

Do ponto de vista financeiro, dependendo do tipo de projeto cultural escolhido, a empresa pode reaver 100% do valor investido, o que seria um bom negócio. Do ponto de vista mercadológico, a imagem institucional dessa empresa e a aceitação que ela tem junto ao seu público alvo são bastante trabalhados, o que contribui para a solidificação e perenização da empresa. Se o marketing cultural vier associado a outras ações de marketing (vide resposta número 2) seus benefícios serão bastante ampliados.

7) Qual é a diferença entre Marketing Cultural (ou patrocínio cultural) e mecenato ?

Marketing Cultural é uma ação que busca abrir um canal de comunicação entre a empresa e o público. As empresas não patrocinam projetos culturais por caridade e sim para obter retorno. Já mecenato é quando uma empresa, em geral representada por seu dono ou presidente, tem interesse em determinada área e investe sem aguardar retorno. Portanto, quem elabora uma proposta de patrocínio não deve somente destacar as qualidades culturais do projeto, que também são importantes, mas expressar, clara e diretamente, sua adequação à marca da empresa e às vantagens que pode oferecer a ela. Para ter sucesso, um projeto de patrocínio cultural precisa ser percebido pela empresa como uma boa solução para sua comunicação.

8) Por que o número de pessoas físicas que investe em cultura ainda é pequeno ?

Porque a maioria das pessoas desconhece os benefícios das leis de incentivo. No caso das leis Rouanet e Audiovisual, existe ainda um outro problema: quando alguém patrocina um projeto cultural, precisa adiantar o dinheiro para o produtor e só acerta as contas com o fisco no ano seguinte, após declarar seu Imposto de Renda. Acontece que, diferente das empresas, a maioria das pessoas não tem capital de giro e disponibilidade para esperar tanto tempo até terem seu dinheiro de volta. Outro fator é que não existe uma mentalidade nacional voltada para o patrocínio cultural. Em países como os Estados Unidos, a maior parte do dinheiro que financia a cultura vem de pessoas físicas.

9) É verdade que só os artistas renomados conseguem ter seus projetos patrocinados ?

Não. O que acontece é que muitas vezes as empresas preferem associar seus nomes e marcas com artistas reconhecidos pelo grande público. Mas o que tira muita gente da batalha pelo patrocínio é a falta de profissionalismo. Ou seja, na hora de desenvolver um projeto, procure apresentar a proposta da forma mais correta possível. Consulte fontes, amigos e pessoas que já fizeram o mesmo "caminho das pedras". Tentar consultarem profissionais e empresas especializadas em Marketing Cultural, também é uma forma de ver se você está deixando brechas. Muitas vezes as empresas conseguem fazer uma ação de marketing cultural muito mais eficiente com novos talentos.

10) O que é uma lei de incentivo à cultura ?

É uma lei que oferece benefício fiscal (à pessoa física ou jurídica) como atrativo para investimentos em cultura. Existem hoje leis de incentivo federais, estaduais e municipais. Dependendo da lei utilizada, o abatimento em impostos pode chegar até a 100% do investimento.

11) Como funcionam as leis de incentivo ?

Cada lei tem um funcionamento específico. As leis federais oferecem isenção no Imposto de Renda das pessoas físicas ou jurídicas. Já as estaduais proporcionam isenção de ICMS e as municipais, de IPTU e ISS. Algumas optam por financiar a fundo perdido ou fazer empréstimos a projetos culturais regionais. Ao optar por uma ou outra lei, o produtor cultural deve levar em consideração a região onde o projeto cultural será realizado e as necessidades dos possíveis patrocinadores. Se uma empresa não está dando lucro, por exemplo, ela não tem como beneficiar-se da lei Rouanet, mas pode beneficiar-se das leis estaduais ou municipais.

12) Na prática, como uma empresa patrocina um projeto cultural via lei de incentivo ?

Primeiro, o órgão do governo responsável pela aplicação da lei precisa aprovar o projeto apresentado para que ele se beneficie da lei de incentivo. Depois da aprovação, o produtor cultural (que pode ser o próprio artista) procura uma empresa que queira patrocinar o seu projeto. Fechado o patrocínio, a empresa fornece o dinheiro para a realização do projeto cultural. Esse dinheiro (ou parte dele) voltará para a empresa em forma de abatimento de imposto na hora do pagamento do tributo (Imposto de Renda, ICMS ou IPTU/ISS, dependendo da lei utilizada).

13) Como eu consigo aprovar um projeto cultural ?

É preciso entrar em contato com o Ministério da Cultura ou com o órgão que regulamenta a lei (que pode ser estadual ou municipal) e ver quais são os parâmetros exigidos para a sua área especificamente (dança, teatro, música, audiovisual etc). Algumas etapas fundamentais devem ser seguidas para que seu projeto possa vir a ser aprovado: 1º passo ter o projeto cultural formatado com orçamento, equipe, plano de mídia, tudo previsto; 2º passo: contatar o órgão responsável pela aplicação da lei de incentivo que o produtor deseja utilizar 3º passo: reunir todos os documentos solicitados e dar entrada no projeto.

14) Qualquer projeto cultural pode ser beneficiado pelas leis de incentivo à cultura ?

Sim, desde que atenda aos parâmetros exigidos pelo órgão governamental responsável pela aplicação da lei.

15) O que é Plano de Mídia ?

É importante saber que quando uma empresa patrocina um projeto, ela busca algum tipo de retorno. Expor o projeto na mídia é, portanto, muito importante. Quando o custo de um projeto é fechado, ele deve incluir os veículos e as formas de divulgação que serão adotados. Por exemplo: normalmente o projeto precisa de uma assessoria de imprensa, de inserções publicitárias em jornais, outdoors, TV, de outras ações integradas de marketing... Cada projeto merece um tratamento específico, mas os custos e as formas como isso vai acontecer devem constar de um plano de mídia.

16) Quais os critérios usados pelas empresas na hora de escolher um projeto cultural ?

São critérios bastante particulares. Algumas preferem associar suas marcas à restauração de patrimônios históricos, enquanto outras preferem patrocinar o carnaval. Mas o critério comum é que todas elas buscam algum tipo de retorno, seja institucional ou de vendas. Na hora de escolher um possível patrocinador, o produtor cultural deve estar atento ao perfil da empresa para a qual ele está apresentando seu projeto, assim como para todos os tipos de retorno que o projeto pode proporcionar.

17) Qual a diferença entre patrocínio cultural e apoio cultural ?

Uma empresa que compra uma cota ou a totalidade de seu projeto é uma patrocinadora. Uma empresa aérea que lhe forneça passagens ou um hotel que hospede sua equipe, por exemplo, são seus apoiadores.


18) Posso fazer a captação de recursos para o meu projeto ou preciso de um produtor cultural ?

Depende do nível de profissionalização e informação que você tem sobre a área. É necessário saber que captação é um processo difícil, que envolve tempo e dinheiro, além de conhecimento sobre o mercado. Não adianta oferecer uma temporada de música lírica para uma marca de roupas infantis, muito menos oferecer um projeto com orçamento fora dos padrões da empresa inicialmente escolhida. Você também precisa saber preparar o projeto de modo a que ele se adeqüe perfeitamente ao patrocinador desejado. Seria interessante se você tivesse alguns contatos, mas o mais importante é estar pronto para responder todas as eventuais dúvidas. Datas, prazos, valores, plano de mídia... Tudo isso tem de estar na ponta da língua, ou então busque por mais informações ou por um produtor cultural. Lembre-se de que é muito difícil uma empresa voltar a abrir as portas para um projeto que chegou até ela com deficiências e amadorismos. Consultar profissionais da área de Marketing Cultural também é um bom começo.

19) Qual o peso da cultura na economia nacional ?

Segundo estudo encomendado pelo Ministério da Cultura à Fundação João Pinheiro, em 1997 a produção cultural movimentou no Brasil aproximadamente R$ 6,5 bilhões, o que correspondia na época a cerca de 0,8% do PIB brasileiro. Em 1994, quando foi feito o último levantamento, a cultura empregava 510 mil pessoas, considerando-se todos os seus setores e áreas. Esse contigente era 90% maior do que o empregado pelas atividades de fabricação de equipamentos e material elétrico e eletrônico; 53% superior ao da indústria automobilística, de autopeças e fabricação de outros veículos e 78% maior do que o empregado em serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, distribuição de água e esgoto). Ou seja, a cultura tem um peso econômico importante no Brasil de hoje, destacando-se inclusive como grande geradora de empregos. Mas esses números estão muito defasados e não houve nenhuma outra pesquisa aprofundada até agora.
Projetos e Programas Culturais do Banco do Brasil

Artes Cênicas

Cinema e vídeo

Exposições

Música

Idéias

Programa educativo





Apresentação


1º andar
Agendamento de grupos, de terça a sexta, das 12h às 18h,
pelos telefones: 21 3808-2070 e 3808-2254 ou na sala do CCBB Educativo.
As senhas são distribuídas 30 minutos antes de cada atividade. As atividades desenvolvidas pela equipe de arte-educadores do CCBB Educativo, com a colaboração de consultores nas diversas áreas artísticas, atende gratuitamente ao público escolar e espontâneo, ONG, grupos de terceira idade e portadores de necessidades especiais, sugerindo reflexões importantes sobre cultura e cidadania. A partir de 5 anos.





Política Cultura
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O Banco do Brasil tem como valor corporativo o compromisso com o desenvolvimento da sociedade brasileira e o apoio à cultura.

Atualmente o Banco do Brasil possui três Centros Culturais em funcionamento: no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo, além do Circuito Cultural Banco do Brasil que se apresenta em diversas cidades do país.

Valores estratégicos do Centro Cultural Banco do Brasil:
• Credibilidade: atender com eficiência, pontualidade, segurança, conforto, limpeza.
• Regularidade: oferecer eventos regulares, de terça a domingo.
• Diversidade: manter programação diversificada, destinada a vários públicos. Acessibilidade: proporcionar o acesso à cultura, em três níveis: intelectual, financeiro e físico.
Políticas de Atuação do Centro Cultural Banco do Brasil
• Realiza em suas instalações eventos culturais nas áreas de artes cênicas, artes plásticas, audiovisual, música, idéias e programa educativo.
• Realiza anualmente processo de inscrição de projetos.
• Não patrocina produção de CD, livro ou filme, isoladamente.
• Não associamos nossa marca às atividades consideradas ilegais ou proibidas; às atividades que evidenciem preconceito ou discriminação de qualquer espécie; às atividades ligadas a jogos de azar ou especulativos, salvo se regulamentados em legislação específica; às atividades com má reputação ou falta de integridade; às atividades que causem impacto negativo à saúde, ao meio ambiente e às atividades de caráter político-partidário.


Critérios de Seleção
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Desde o início de suas atividades, os Centros Culturais Banco do Brasil têm priorizado a diversidade temática, a multiplicidade de linguagens e, principalmente, a qualidade em sua programação.

Critérios:
• Relevância Conceitual e Temática = Concepção e argumentação que evidenciem importância histórica, cultural e artística.
• Viabilidade Técnica = Demonstração de capacidade de realização ou envolvimento de profissionais com notória especialização.
• Inovação = Originalidade e ineditismo da proposta.
• Adequação física = Adaptabilidade aos espaços.
• Adequação financeira = Compatibilidade com a disponibilidade orçamentária e preços praticados no mercado.
• Identidade Institucional = Afinidade com princípios e valores éticos, de transparência, respeito e compromisso com a comunidade e o País.
·Notícias da Gol


•Concurso Cultural da Gol Linhas Aéreas


06/09/2007 18:38

Confira os desenhos vencedores do "Voe com Sua Prancha"

Concurso cultural da parceria Gol-Billabong teve mais de duas mil participações

Exclusivo para clientes, o concurso cultural “Voe com Sua Prancha”, uma parceria entre Gol e Billabong – empresa multinacional do setor de roupas e acessórios esportivos –, divulgou os seis ganhadores. São eles (clique nos nomes para conhecer os respectivos desenhos): Christian Marcus Ogata, Fábio Nakai, Igor Carvalho, Marcel Ginja, Marilia Bauschert Ragnane e Pedro Paulo Vieira Duarte.

Cada um dos vencedores da promoção, que terminou em 10 de agosto, ganhou uma viagem para Lima (Peru), para prestigiar o evento Billabong Pro Junior, e uma prancha de surf estampada com o próprio desenho. A promoção contou com mais de duas mil participações e 20 mil acessos ao hotsite www.billabong.com.br/voecomsuaprancha.

Gol Air Show
A parceria entre a Gol e a Billabong também abrange o patrocínio de três etapas dos principais campeonatos de surfe do calendário sul-americano: o Billabong Girls Pro Itacaré, etapa do circuito mundial de surfe profissional feminino que começou no último dia 16 e terminou no último dia 25, e o Billabong Pro Junior, primeira etapa na praia de Punta Rocas (Peru), de 21 a 23 de setembro, e a segunda em Camburi (São Paulo), entre 12 e 14 de outubro.

Nas duas etapas do Billabong Pro Junior, os surfistas também participarão da competição exclusiva “Gol Air Show”, que premiará os aéreos mais radicais com passagens para São Paulo ou Rio de Janeiro (Brasil), ou Lima (Peru), dependendo da nacionalidade do ganhador.

Isenção da franquia de pranchas
Até o dia 30 de setembro, a Gol isenta os passageiros em viagens entre Brasil e Peru da franquia cobrada para o embarque de pranchas de surfe. Durante esse período, atletas profissionais e o público em geral poderão levar até três pranchas de surfe, dentro de uma mesma capa de proteção, ou duas pranchas embaladas separadamente, sem custos adicionais. Cada prancha deverá ter, no máximo, 200cm de comprimento por 75cm de largura e 25cm de espessura.



Gol personaliza aeronave para promover filme
A Gol inova em ações de marketing com uma nova campanha para promover “Os Simpsons - O
Filme”, primeiro longa-metragem da conhecida série televisiva que estréia nos cinemas brasileiros
na próxima quinta-feira (16).
Além de promover um concurso cultural, com prêmios como um videogame XBOX 360 e
brindes, a companhia aérea personalizou um dos aviões Boeing 737 de sua frota com adesivos
alusivos aos personagens do filme.
Boeing 737 da Gol personalizado Marketing - “Os Simpsons” serão vistos não só na parte de
fora da aeronave, mas dentro também. Antes, no momento do check-in nos aeroportos de
Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), os passageiros ganharão identificadores de bagagem
estampados com os personagens do filme. No embarque, dentro das aeronaves, imagens da estrela
do filme, Homer Simpson, correndo atrás de uma rosquinha ao longo das janelas da aeronave. Toda
a família Simpsons acompanhará os passageiros na viagem, decorando copos, poltronas e até as
portas do banheiro.
”Os Simpsons” nas poltronas dos aviões das Gol...
A ação de marketing da Gol continuará durante o vôo, com sorteios de brindes e ingressos do
filme. Já o concurso cultural "Eu Sou um Simpson de Verdade" premiará com brindes exclusivos e
um videogame XBOX 360 os internautas mais parecidos com algum dos personagens da s érie. Para
participar, basta acessar o site www.eusouumsimpson.com.br e enviar as fotos. Uma comissão
julgadora vai escolher as dez melhores imagens. A promoção é válida até o dia 31 de agosto, e o
resultado será divulgado no dia 10 de setembro.
...e até nos banheiros A aeronave decorada com "Os Simpsons" voará para diversos destinos
brasileiros até outubro, sem itinerário fixo. Não é a primeira vez que a Gol usa a sua frota para
divulgar a estréia de um filme. Em 2003, uma de suas aeronaves foi adesivada para divulgar o
lançamento do filme “X-Men 2”